12 de janeiro de 2013

Retrospectiva Literária 2012



Já são 12 de janeiro, mas ainda não tarde demais para fazer uma retrospectiva literária de 2012. Esse modelo de post eu assaltei lá da Nina, e achei que cobria melhor do que o simples ranking que eu pretendia fazer inicialmente.
Não vou listar os livros todos que li no ano passado, até porque foram 48, entre livros de estudo, ficções divertidas e horríveis paradidáticos sobre problemas juvenis para um trabalho de literatura (sim, em pleno terceiro ano eles me pediram para ler isso, que pesadelo). Mas os que mais se destacaram para mim aparecem nessa lista, então isso é o que importa.


Melhor casal literário: Jo March e Professor Bhaer de Esposas Exemplares - Louisa May Alcott.
Confesso que fiquei em dúvida nesse quesito. Sou fã de clássicos meio açucarados, e esse livro é cheio de casais fofos. Por muito tempo fui mais inclinada ao par de Amy e Laurie, mas a forma como Jo e o professor se desenvolvem é mais realística e pouquíssimo romântica, o que faz o desfecho bem melhor.

Virei a noite lendo: O Prisioneiro do Céu - Carlos Ruiz Zafón.
Já tinha lido os outros três livros do autor que foram editados no Brasil, e quando vi que esse tinha saído aqui dei um escândalo, separei dia e trilha sonora específica e fiquei até umas 5h da manhã agarrada com o livro. Mas só pude acabar na tarde seguinte, porque o impacto foi demais, o que nos leva ao...

Soco no estômago: Também Prisioneiro do Céu.
NUNCA FUI TÃO TROLLADA EM MINHA VIDA!!! Tive que ler o bendito livros três vezes, e reler os outros dois que fazem parte do mesmo universo, para me convencer que não estava ficando louca. Depois de séculos acreditando piamente em toda palavra dita em O Jogo do Anjo vem Don Carlos de la Destrucción de Lectores e acaba com minha vida.

Chorei de soluçar: Marina - Carlos Ruíz Zafón.
Só para deixar claro, Zafón é meu escritor vivo favorito, só não passa Victor Hugo, porque né... Mas o caso é que Marina em sua etiqueta de "livro juvenil" não tem nada de juvenil pra mim, e além do clima perfeito, do mistério e da trama incrível, ainda guarda uma despedida melancólica e linda. Dutos lacrimais piram.


Decepção do Ano: Na verdade não tive nenhuma real, mas vou colocar Emma - Jane Austen.
Emma não foi bem uma decepção, foi mais um tédio sem fim. Até agora não consegui terminar o bendito livro, que passa dezenas de capítulos rodando em por volta de cinco personagens sem sal e que só fazem serões lânguidos. UAHHHHH.

Não levava fé, mas me surpreendi: A Culpa é das Estrelas - John Green
Esse foi o primeiro da campanha "livros fofos adolescentes" que eu comecei agora, para deixar de preconceito com best-sellers que não sejam de aventura. E realmente me surpreendi. Não é um livro que eu viraria fã-forever, mas é realmente bem escrito e estruturado, com momentos de humor incríveis, apesar da temática dramática. Além de Gus ter sido o primeiro dessa nova moda de mocinhos sexys e morenos de olhos verdes que andam aparecendo.

O mais chato: O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë.
Não chega a ser chato o tempo todo, mas aqueles monólogos do Heathcliff... zZzZzZzZ.

Quase morri de rir: A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón.
(Só tem Zafón nessa lista, socorro). Analisando bem, tinha pouca coisa engraçada na minha lista de 2012. Mas como A Sombra do Vento tem o Fermín, e não se pode negar que ele seja um dos personagens mais tragicômicos do universo, além de despertar uma simpatia sem fim no seu coração <3.


Aventura, fantasia ou infanto-juvenil: Filhos do Éden V.I Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr.
Li uma quantidade enorme desse gênero esse ano, como sempre (com direito a releitura de três Harry Potters em momentos de cansaço), mas Herdeiros de Atlântida se destaca, não só por ser nacional e diferente dos demais que eu tenho, como também por ter me angariado um comentário fofo do autor aqui no blog <3.

Biografia: Só li uma esse ano, e não concluí porque entrei em semana de provas, então acho melhor deixar em branco.

O Mais esperado: Heróis do Olimpo - The Mark of Athena - Rick Riordan.
Depois de ler e reler os outros dois na série, estava altamente temerosa pela vida de meu marido nº2 (Nico di Angelo) e li o livro em inglês mesmo. Agora tenho que segurar a língua sobre spoilers até que a Intrínseca lance aqui no Brasil. Valeu a pena poque provou que minha fluência no inglês está muito melhor (inclusive já em 2013 li Insurgent da Veronica Roth em inglês também) e matou minha curiosidade que estava subindo pelas paredes!


Premiações individuais de personagens, por sua fofura, lindeza, ou feladaputisse:

Personagem masculino apaixonante: Denyel de Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr.
Denyel estabeleceu um novo padrão para meus amores literários, porque mesmo cafajeste ele seduz até a morte, e acaba se provando um rapaz muito bonzinho do meio para o fim (o que pode ser desmentido no próximo livro da série, quem sabe).

Personagem feminina admirável: Jane Eyre do livro de Charlotte Brontë.
Na verdade Jane foi uma das releituras do ano, mas ela nunca deixaria de ser uma personagem maravilhosa só por isso. Seu respeito a leis e costumes, além da leve submissão não impedem que ela seja corajosa e proeminente como pessoa, não se contentado em apenas seguir os passos dos outros como uma ovelhinha, mas procurando seu próprio caminho, sem interesses colaterais.

Personagem mais chato: Emma do livro de Jane Austen.
Essa foi escolha imediata! A moça é uma cega, metida a esperta e toda saliente. Miss Austen a construiu assim de forma altamente intencional, e a vontade de atirar Emma da janela é imensa!

Personagem mais perturbador: Andreas Corelli de O Jogo do Anjo - Carlos Ruiz Zafón.
Outra escolha imediata. Corelli é o que pode existir de mais perturbador na literatura, até porque você duvida constantemente que ele seja real, ou se for, quem é ele realmente. O homem parece um híbrido de conto de terror com literatura satanista. De arrepiar!

Personagem com que mais me identifiquei: Jane Eyre, novamente.
Miss Eyre é protagonista de uma das minhas história de amor favoritas e além disso tem um caráter bem pouco açucarado. Se tivesse nascido no século XIX seria igualzinha a ela!



Melhor livro de 2012: O Prisioneiro do Céu, sem dúvida.
Acho que pela quantidade de vezes que ele e seus irmãozinhos 'O Jogo do Anjo' e 'A Sombra do Vento' já apareceram nesse post, nem precisa explicar né!


Fiz duas categorias extras, para quesitos que são responsáveis diretos pelo nosso endividamento na banca de revistas (né mãe? te amo rç).

Melhor Quadrinhos: Mega Disney Nº1 - Editora Abril.
Eu coleciono quadrinhos Disney, então essa pérola de 800 páginas é par-ra-di-se!! A edição tem 'O segredo do Castelo', a primeira HQ do Pato Donald no Brasil, que teve sua primeira parte publicada no Pato Donald Nº1, com os patos ainda no traço dos anos 50. Além de ser fechada com uma história linda do Don Rosa sobre algumas origens do Tio Patinhas.  É muito amor!

Melhor Revista: As Maiores Batalhas da Bíblia - Super Interessante Coleções setembro/2012.
Esse ano comprei muitas revistas, de vários títulos (inclusive alguns meio hipsters sobre super-heróis) mas esse especial da Super foi muito bem feito, tanto em termos de escolhas de temas, textos e infográficos lindos quanto na parte física (o que é aquele papel grosso, meus deuses!). Apaixonei!

Espero que tenham tido paciência de ler isso tudo. A proposta do tema é memética, então a quem interessar possa....

Créditos da imagem do post: desconhecido.

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