27 de novembro de 2012

Resenha - Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr


Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida é o segundo livro do escritor brasileiro Eduardo Spohr e o primeiro de uma trilogia. Spohr é muito conhecido por A Batalha do Apocalipse  um best-seller de fantasia e que trata da mitologia judaico-cristã (anjos e demônios).

Li A Batalha ano passado e gostei muito, é muito bom descobrir um autor brasileiro que escreve daquele modo fantástico e cinematográfico que se vê muito lá fora, mas de uma forma ainda assim única, sem seguir o modo extremamente comercial que os americanos geralmente têm ou o estilo 'crianças saudáveis que amam sardinhas' que os britânicos adoram.

Confesso que é difícil para mim resenhar Herdeiros de Atlântida, pois amei o livro. Spohr continua no mesmo ramo mitológico, mas como ele mesmo explica no prólogo, de uma forma que não interfira na cronologia de A Batalha e sem se aproveitar dos personagens do livro anterior, construindo agora uma história paralela e única. (Inclusive achei super louvável ele ter feito o prólogo, foi realmente delicado para com os fãs).
Da  parte técnica, me alegrou a melhora do autor. A Batalha é um livro muito bom, mas tem falhas e furos (mas que se relevam por ser um livro de estréia que foi inicialmente editado de forma independente). Já Herdeiros revela um modo mais dinâmico, mais divertido e ainda assim convincente de encarar as personagens. Óbvio que ainda existe alguma rigidez, mas que eu atribuo mais à língua portuguesa que exige um cuidado muito elevado do que a problemas na escrita.

Falando em personagens, digamos que se você é fã de fantasia, vai se apaixonar por 90% do cast. A quantidade de humanos continua baixa, mas somos introduzidos a novos tipos de seres (tanto angélicos quanto demoníacos) e novas divindades e poderes.
Os protagonistas, Kaira e Denyel, são um caso à parte. A dinâmica entre eles é completamente diferente daquela vista entre Ablon e Shamira em A Batalha; sendo mais trabalhada em cima de um lado carnal dos anjos, não um amor supremo.

Falar de Denyel é justamente a parte mais complicada para mim, já que preciso me controlar para não escrever apenas uma série de doze linhas de "AHHHHH". Ele é o sonho de consumo de garotas que amam bad boys literários e mocinhos meio vilanescos. Voltar à vida normal com seres normais foi difícil pra mim depois de dias mergulhada com aquele querubim motoqueiro que ama Jack Daniel's e só dá respostas atravessadas. Só para não perder a graça "LINDOOO VEM NI MIM!!!11!!!1".

Temos outros personagens também! Levih, um ofanim MUITO fofo! Urakim, Adril, Zarion, Hugo, e muitos outros. Na minha opinião Eduardo Spohr andou lendo alguns autores muito específicos (Carlos Ruiz Zafón e Rick Riordan mandam um oi), porque as trolladas que acontecem no fim do livro... você não sabe se chora ou xinga.

Resumindo, depois de sete parágrafos de colegial apaixonada (o que inclusive nem sou mais, pois acabei oficialmente o terceiro ano na semana passada): O livro É BOM! Não digo que seja o estilo que todo mundo ame, ou um clássico (só C.S. Lewis para transformar fantasia em clássico) mas se você quer descansar da leitura de Emily Brontë (como eu fiz e não me arrependi), é altamente recomendável. Melhor que ler 50 Tons, por exemplo...


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