11 de fevereiro de 2013

Filme - Musical Os Miseráveis (2012)


Primeiro deixando claro que não vou fazer uma crítica/resenha, já que não sou ninguém pra resenhar filme, muito menos musical. Eu sou o tipo de pessoa que só vê o filme que quer quando quer e que se importa mais com o enredo/ritmo do que com detalhes técnicos (a não ser que seja um Harry Potter, aí eu descasco mesmo). Também não sou muito dada a musicais (tirando filmes da Disney até hoje só vi mesmo Sweeney Todd e O Fantasma da Ópera) então vou só dizer minhas impressões como fã do livro, pelo ângulo da minha paixão eterna pelos personagens.

Os Miseráveis é o meu livro favorito, então desde que eu descobri que essa produção seria feita finalmente, eu espero ansiosa. Inicialmente duvidei de Hugh Jackman como Jean Valjean (pra mim ele era o Wolverine) mas depois que vi fotos jurei de pés juntos que estava perfeito. Não me enganei. Ele não apenas atua lindamente como canta realmente bem! Conseguir atingir todas as expressões de fúria e piedade de Valjean mesmo enquanto canta (sim, porque eles não utilizaram dublagem, e tudo era feito em uma tomada só) é um tipo de coisa bem complexa de fazer, eu imagino.
Mas eu achei que Hugh foi bem até demais. A voz dele é muito melodiosa e as músicas de quando o personagem ainda era rude e cheio de ódio no início da trama ficaram... fofas! Eu esperava algo mais atonal, rude mesmo, mas não chega a ser ruim (ruim mesmo é o tempo que ele passa cantando Bring Him Home, enjoei daquela música de tão longa que é #nãocurtiacheidesnecessário).

Já o Russell Crowe foi um Javert maravilhoso, mais humano que o de Geoffrey Rush, e eu nem ligo que a voz dele não subia notas, aquela cena com a medalha e Gavroche compensa tudo (talvez não os berros de bezerro em Stars, mas tudo bem).
Não vou comentar a Anne Hathaway porque foi bom e pronto. Nunca liguei muito pra Fantine e não é porque ela cantou I Dreamed A Dream (que é linda) que eu vou ligar agora.

Pra mim os destaques mesmo foram as crianças: Isabelle Allen, que faz Cosette criança e Daniel Huttlestone como Gavroche. Eles cantam músicas delicadas (no caso de Allen) ou muito rápidas (no caso de Huttlestone) perfeitamente, sem contar que esse Gavroche é a coisa mais perfeita da Terra.

Meus BFFs </3
Gostei que eles deram atenção a detalhes na barricada, como a disposição das ruas (exaustivamente descrita por Victor Hugo) e a fixação pelos ideais de Enjolras (Aaron Tveit). Inclusive nunca superei meu amor pelo Enjolras, nem que ele morreu pela França e não por mim!

Grantaire concorda comigo e acrescenta "Nem tive chance de me declarar".
Fiquei feliz porque essa adaptação realmente explorou o papel do Enjolras, e poderia divagar sobre isso por mil parágrafos, mas paro por aqui.

A parte dos Amigos dos ABC e da Barricada são para mim as melhores. Sempre me concentrei mais nessa parte do livro (tanto por Gavroche, meu primeiro personagem favorito assassinado, quanto por Enjolras, meu eterno amor igualmente assassinado) e as músicas e cenas retratam com precisão a certeza e a dor dos rebeldes. Na parte da batalha chorei convulsivamente a cena toda, até encharcar os óculos e pedir uma toalhinha para minha mãe, para assoar o nariz e (tentar) seguir adiante.

Marius (Eddie Redmayne) e Cosette (Amanda Seyfried) ficaram um casal OK. Gostei desse Marius, consegue ser um bom meio termo entre boboca apaixonado e jovem idealista, além de que a cena da morte de Éponine (Samantha Barks) é emocionante. Nunca achei o romance muito importante na história, só serve de estopim para algumas coisas. E eu realmente não gosto da Cosette, ela só consegue ter serventia quando é criança sofrida e eu sou Team Éponine.
AHHH Éponine é um caso a parte! Quero mandar uma cartinha para a Samantha Barks porque ela foi tão perfeita que dava até dor!

E finalmente a cena de conclusão, que houve quem achou forçada. Eu achei congruente, e nem um pouco espírita. Os mortos não tinham voltado ao mesmo mundo que deixaram, mas sim passaram a habitar um lugar em que todos cantam unidos e onde a barricada é mais alta e mais forte, em que não há canhões para derrubá-los de lá. Chorei assistindo e agora estou segurando as lágrimas de novo T.T.

Espero que tenham gostado desse post gigantesco e perdoem os excessos, sou tão emocional em se tratando desse povo! :'(

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